Na maioria das vezes, estamos em
nossas igrejas e, com toda alegria, cantamos, declaramos nosso amor a Deus, mas
não nos
preocupamos com a pessoa que está sentada ao nosso lado. Se é alguém
desconhecido, nem mesmo perguntamos o
seu nome. Não nos interessamos em saber
se ela está precisando de alguma ajuda, de uma
palavra de ânimo ou simplesmente um sorriso sincero.
"Se eu perguntar e ela precisar de ajuda, eu terei que gastar tempo com
ela", "ajudar
quem está precisando é
tarefa dos pastores da igreja e não minha", são
respostas que, nas maioria das vezes, ouvimos das
pessoas.
Em l João 4:20, o autor diz que
aquele que disser que ama a Deus e não amar seu irmão, é mentiroso. Nossas
igrejas estão
cheias de pessoas deste tipo, dizem que amam a
Deus e viram as costas para as necessidades do próximo.
Amar o próximo não é simplesmente dizer:
"eu te amo meu irmão". Amar o próximo é ter
um amor genuíno dentro do
coração, um amor que se interessa pelo próximo,
pela pessoa dele e não pelos bens dele. Há
muitos que se aproximam de
alguém, simplesmente para se aproveitarem
da posição de destaque que essa pessoa ocupa.
É
necessário ter um amor não
apenas de palavras, mas um amor prático.
Mais forte que nossas palavras, são nossas atitudes.
No capítulo 4 de Génesis,
encontramos a história de Caim e Abel. É uma
história
bem conhecida por todos nós. Por causa
da inveja, Caim matou o seu próprio
irmão.
"Disse o Senhor a Caim: Onde
está
Abel, teu irmão? E ele respondeu: Não
sei. Acaso sou eu tutor de meu irmão?" (Gn.
4:9).
Ao contrário do que pensava Caim, nós
somos responsáveis pela vida de nosso irmão.
Somos responsáveis por sua vida
espiritual. O amor de Deus, que deve estar dentro
de nós,
nos leva a um interesse pela vida de nosso irmão. Como eu
posso estar bem comigo e com Deus se meu irmão está
passando por algumas necessidades?
O amor que deve existir na igreja, um amor puro,
derramado por Deus, deve eliminar todo o individualismo e egoísmo
que
são tão prejudiciais às
pessoas.
Quantas pessoas passaram por nossas igrejas e hoje
estão no
mundo? Quantas pessoas que você já teve oportunidade de
conversar, mudaram de igreja pela falta de amor
que reinava onde elas estavam?
Todas estas pessoas são vítimas
da falta de amor e de companheirismo que, infelizmente, imperam na maioria das
igrejas.
Talvez você esteja pensando: "Não,
esta culpa não cairá sobre mim pois, eu
tenho muitas amizades".
Será que, com suas muitas
amizades você está "fechado"
para novas amizades ou para uma pessoa que não tenha o
mesmo nível social que você, ou
até
mesmo, para uma pessoa que não seja tão "simpática"
como as pessoas do seu
grupo?
Quantas pessoas já fizemos tropeçar em
nosso "testemunho" parcial, sem amor?
A verdade é: Matamos a vida espiritual com
nossas palavras e atitudes impiedosas.
"Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o
amor é de
Deus. Quem ama é nascido de Deus e conhece a
Deus". (l Jo 4:7).
Nós, que somos discípulos
de Cristo, eu tenho que amar como Cristo amou.
Creio que está na hora de nos
perguntar:
• Como tem sido meu
relacionamento com meu irmão?
• Tenho sido pedra viva
ou pedra de tropeço?
• Tenho edificado ou
destruído?
• Tenho inspirado pessoas
com meu testemunho ou desestimulado com minhas atitudes?
• Tenho amado o meu próximo
como a mim mesmo ou tenho demonstrado total indiferença?
O desejo do meu coração é que você
possa influenciar positivamente as pessoas que estão ao seu lado (dentro e
fora da
igreja), através do seu exemplo, da
sua fé, e
principalmente, através do amor.
Se você tem dificuldade de expressar seu
amor, peça a Deus que Ele dará condições para você.
"O Senhor vos aumente, e vos faça
crescer em amor uns para com os outros e para com todos, como também nós
para
convosco", (l Ts 3:12).
Eberson Chrístoní